sexta-feira, 23 de abril de 2010

ILUMINAÇÃO DE JARDIM... E AGORA?

ILUMINAÇÃO DE JARDIM... HMMM... E AGORA?

Se falarmos de iluminação de jardim, faríamos um tratado e, mesmo assim, ainda teríamos muito a discutir. Vou fazer um breve resumo.

Sempre há a dúvida em usar lâmpadas halógenas (dicróica, AR, PAR, etc) e de descargas (Vapor Metálico, Vapor de Sódio, etc.).

Quando instaladas em jardim, a intempérie é sempre o grande vilão para a queima das lâmpadas. 

Um grande erro que sempre constatamos em algumas obras é a utilização dos balizadores. Como o próprio nome diz, eles servem para BALIZAR o caminho. Sempre encontramos situações onde eles são utilizados para iluminar uma área, em que se perdem visualmente no restante da vegetação, não cumprem a função e esteticamente se tornam feios e confusos no conjunto.


Para iluminar grandes áreas, utiliza se postes onde a altura deverá ser proporcional à área a ser iluminada, para cumprir exatamente a sua função.
Em se tratando de Halógenas PAR, que são as mais utilizadas, por mais resistente que sejam os equipamentos, e de qualidade - o que é muito importante - os tradicionais espetos de jardim, em que há exposição da lâmpada, sempre apresentam problemas, seja a sua que queima, seja o espeto que oxida, seja curto na rede, enfim.


O que acontece é que como estão sujeitas às intempéries, a redução da vida útil é muito grande, por conta de, por exemplo, estarem acesas por um determinado tempo, e de repente, chover. Esse choque térmico acaba criando uma dilatação anormal, alterando a vedação da lâmpada e abrindo espaço para umidade.

Outra situação é quando a vedação de borracha não é colocada corretamente, e, assim, a entrada de água também acaba oxidando o soquete de latão, aumentando assim a perda por efeito joule e também diminuindo a vida útil.

Ou seja, espetos devem ser colocados em locais abrigados, sem incidência de chuva e sol diretamente no equipamento.

Para evitar esses tipos de problema e manter a qualidade do sistema, hoje utiliza se espetos fechados, onde a lâmpada fica protegida no interior da peça, mantendo a dissipação do calor e a vida útil normal.


Quanto às AR 111 e outras lâmpadas de descarga, algo importante a se considerar são os alojamentos destinados para os transformadores, reatores e capacitores. No mercado existem luminárias onde os alojamentos são separados do corpo da luminária, o que é realmente importante, já que o aquecimento dos equipamentos atrelados ao aquecimento natural da lâmpada diminui a vida útil então.


Para se evitar essa situação, a melhor forma é manter esses equipamentos distantes da luminária, facilitando também a manutenção. Uma outra informação importante para embutidos de solo é a proteção da luminária por meio de “cartolas” de proteção, que inibem a incidência de umidade no produto.

Normalmente, utilizamos em nossas obras centrais onde os equipamentos ficam em locais abrigados e com tensão de rede de 12 v, o que, na verdade, diminui o risco de choque elétrico e mantem constante a corrente e o fluxo luminoso, além de diminuir o custo final com cabos alimentadores e equipamentos individuais.

Da mesma forma que são necessários os cuidados para uma iluminação sub aquática (piscinas, fontes, banheiras, tanques, espelhos d´água, etc.) devemos atentar para os equipamentos de uso externos, com o devido índice de proteção (IP)

Enquanto os LEDs – que são ecologicamente corretos, com fluxo luminoso de acordo com as especificações de um projeto e ângulos de aberturas variáveis – não se popularizam e inviabilizam alguns projetos, devemos atentar para o melhor custo benefício de uma instalação correta.



Nos vemos nos próximos artigos!

Renato Marchese